terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brasil firma acordo de financiamento e finaliza compra de 36 caças suecos

As aeronaves foram compradas por valor de US$ 5,4 bilhões da empresa Saab
Agência Brasil
Atualizado em 25/08/2015 15:58:03




Os governos brasileiro e sueco assinaram hoje (25), em Londres, na Embaixada do Brasil na Inglaterra, o contrato de financiamento no valor de US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças Gripen NG, da empresa sueca Saab. Essa era a última etapa para o início da fabricação dos aviões-caça. Desse valor, US$ 245,3 milhões serão para compra de armamentos e 39,882 bilhões de coroas suecas para a aquisição das aeronaves.

De acordo com o Ministério da Defesa, a primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e a última, em 2024. Segundo a Defesa, os caças atenderão às necessidades operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB) nos próximos 30 anos. O contrato prevê ainda a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares, modelo criado para a FAB.
(Foto: Divulgação)
Anunciado em dezembro de 2013, o contrato comercial com a Saab inclui a compra das aeronaves de combate, suporte logístico e aquisição de armamentos necessários à operação dos aparelhos. O contrato assinado prevê a transferência de tecnologia entre os dois países, o que possibilitará ao Brasil, segundo o Ministério da Defesa, deixar de ser comprador para se tornar fornecedor de aeronaves de combate de última geração.

No final de julho, após três dias de negociações, o governo brasileiro conseguiu a reduzir da taxa de juros do financiamento para 2,19%, o que ocasionou uma economia de até R$ 600 milhões ao governo do Brasil. A formalização do contrato financeiro foi realizada na Inglaterra, uma vez que o contrato de financiamento será regido pela lei inglesa, para imparcialidade do acordo.

“A assinatura do contrato financeiro do Gripen NG é de fundamental importância, já que encerra a fase negocial e inicia a fase de execução do contrato comercial, com aquisição e desenvolvimentos dos caças, concretizando, assim, uma aliança estratégica entre Brasil e Suécia”, disse, em nota, o ministro da Defesa, Jaques Wagner.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria do Ministério da Defesa, o pagamento efetivo do financiamento só ocorrerá após o recebimento da última aeronave, previsto para 2024. Segundo a pasta, a participação brasileira no desenvolvimento do projeto dará à indústria aeronáutica nacional acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo os códigos-fonte do Gripen.

“O programa de transferência de tecnologia incluirá itens como a integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aeronave, além do intercâmbio de conhecimento, com mais de 350 brasileiros indo a Suécia para treinamento”, informou o Ministério da Defesa.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Brasil obtém financiamento sueco para compra de caças Gripen

Agência sueca financiará US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças-bombardeiros

atualizado às 21h52
 
Autoridades de Brasil e Suécia definiram na quarta-feira (29) os termos do financiamento da operação através da qual a Força Aérea Brasileira (FAB) adquirirá 36 caças-bombardeiros Gripen NG da empresa sueca Saab, segundo informações de fontes oficiais. O negócio, que envolve a soma de US$ 5,4 bilhões, será financiado pela agência sueca de crédito às exportações (SEK), de acordo com anúncio feito pelo Ministério da Defesa brasileiro em comunicado.
 Foto: Johan Nilsson / Reuters
Brasil receberá os 36 caças Gripen entre 2019 e 2024
Foto: Johan Nilsson / Reuters
Um dos pontos que ainda não tinha sido definido era a taxa de juros que seria aplicada, mas hoje ficou decidido que será fixada em 2,19% anual. O contrato de compra foi assinado em outubro passado e prevê que o Brasil receberá os 36 caças entre 2019 e 2024.
Com os aviões suecos, a FAB substituirá os Mirage 2000, de fabricação francesa e cuja vida útil acabou há um ano e meio. Os Gripen NG foram escolhidos em uma licitação na qual também concorreram os Rafale, da empresa francesa Dassault, e os FA-118 Super Hornet, da americana Boeing.
O acordo também estabelece que 15 dos 36 caças-bombardeiros serão fabricados nas fábricas da Embraer, à qual a Saab repassará a tecnologia necessária para o desenvolvimento.
Em meio às negociações para essa operação, Embraer e Saab também chegaram a um acordo para que os aviões fabricados no Brasil sejam oferecidos em conjunto a países da América Latina e da África, embora isso só vá ocorrer depois que termine a entrega dos 36 Gripen NG adquiridos pela FAB.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Embraer faz voo inaugural do KC-390, o novo avião militar luso-brasileiro

 
A nova aeronave militar da Embraer voou durante 1 hora e 25 minutos no seu primeiro teste. Já com 28 unidades contratadas pela Força Aérea Brasileira, o KC-390 contou com 250 mil horas de trabalho do centro português de engenharia CEIIA.
São Paulo - A Embraer realizou esta terça-feira o primeiro voo do novo jato de transporte militar e reabastecimento em voo KC-390, que resultou de uma intensa cooperação com Portugal, onde foram fabricadas vários componentes da aeronave, além de trabalhos de engenharia.

"Os pilotos de teste Mozart Louzada e Marcos Salgado de Oliveira Lima e os engenheiros de ensaios em voo Raphael Lima e Roberto Becker voaram a aeronave por 1 hora e 25 minutos, realizando avaliação de qualidades de voo e de desempenho", informou a Embraer em comunicado.
"Este primeiro voo é um passo fundamental para cumprirmos a tarefa que nos foi confiada. O KC-390 é resultado de uma estreita cooperação com a Força Aérea Brasileira e conta com outros parceiros internacionais, representando provavelmente o maior desafio tecnológico que a empresa já enfrentou em sua história. Estamos verdadeiramente realizados por atingir este importante marco", disse Frederico Fleury Curado, diretor-presidente da Embraer.
"O programa continua avançando conforme planejado e o KC-390 tem despertado o interesse de diversos países no mundo todo", acrescentou Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. "Orgulhamo-nos por mais uma vez mantermos nossos compromissos no desenvolvimento desta aeronave que estabelecerá um novo padrão na categoria dos aviões de transporte militar tático", afirmou.
O KC-390 contou com 250 mil horas de engenharia do CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, cujos trabalhos se repartiram entre a sua sede, na Maia (região Norte de Portugal), e o Brasil. Chegou a haver 120 engenheiros envolvidos a partir de Portugal, segundo informou o CEIIA, que classifica o novo avião da Embraer como "o maior projeto da história da industria portuguesa de aeronáutica".
"O KC-390 será a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania", disse, por seu lado, o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da aeronáutica.
Em seu voo inaugural, o KC-390 realizou manobras para avaliação das características de voo e executou uma variedade de testes de sistemas, tendo sido beneficiado por uma campanha avançada de simulações e de extensivos testes em solo. "O KC-390 se comportou de forma dócil e previsível", disse o comandante Louzada. "O avançado sistema de comandos de voo fly-by-wire e os aviônicos de última geração facilitam a pilotagem e proporcionam um voo suave e preciso", completou.  
O KC-390 é um projeto conjunto da Força Aérea Brasileira com a Embraer para desenvolver e produzir um avião de transporte militar tático e reabastecimento em voo que permite estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.
No dia 20 de maio de 2014, a Embraer e a Força Aérea Brasileira assinaram o contrato de produção em série para a entrega de 28 aeronaves KC-390 e suporte logístico inicial. Além da encomenda da Força Aérea Brasileira, existem atualmente intenções de compra de outros países, totalizando mais 32 aeronaves.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Dilma nomeia 'novos comandantes' para as Forças Armadas

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Para definir a escolha dos novos comandantes, a presidente Dilma fez reuniões na manhã e na tarde desta quarta, no Palácio do Planalto, com o ministro da Defesa, Jaques Wagner, chefe das Forças Armadas, segundo informou a Secretaria de Imprensa.

Enzo Peri, Júlio Moura Neto e Juniti Saito estavam à frente das três forças desde fevereiro de 2007, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles permaneceram nos cargos após a eleição da presidente Dilma Rousseff para o primeiro mandato, em 2011.
A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas passará a comandar o Exército; o almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, a Marinha; e o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, a Aeronáutica.
Exército
O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas foi comandante militar na Amazônia e atualmente trabalha na chefia do Comando de Operações Terrestres (Coter), coordenando todas as operações militares em território nacional.
Marinha
O almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira é carioca e atual comandante da Escola Superior de Guerra (ESG). Ele entrou na Marinha em 1971, pela Escola Naval, e exerceu, ao longo dos últimos 43 anos, cargos como o de chefe do Estado-Maior da Esquadra, comandante do 7º Distrito Naval e diretor de Portos e Costas.
Aeronáutica
O brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato tem mais de 3,5 mil horas de voo e ingressou na Força Aérea em março de 1969. Na Força Aérea Brasileira (FAB), chefiou a Direção de Organização e o Comando-Geral de Operações Aéreas, além do Departamento de Ensino da Aeronáutica. (Fonte: informações de G1)